Quando caminho no comércio de minha cidade, vejo na entrada de várias lojas, um vaso com plantas como Espada-de-São-Jorge, Comigo-ninguém-pode e Arruda. Diziam nossos antepassados africanos que tais plantas espantam todo tipo de mal como inveja, mal-olhado, olho gordo. Muita gente nem conhece a origem de tal crença mas colocam tais plantas porque a crença já faz parte da cultura brasileira. Toda vez que se aproxima o Ano Novo penso na quantidade imensa de brasileiros que têm o hábito de usar uma roupa branca na virada do ano e creio que nem todo mundo sabe de onde vem este hábito.
Iemanjá é o orixá mais popular no Brasil. De norte a sul, todos sabem quem é Iemajá ou pelo menos já ouviram seu nome. A grande mãe, Odô Iyá, com seus seios fartos deu a luz aos outros orixás. Uma das maiores festas é feita em sua homenagem no dia 2 de fevereiro na cidade de Salvador, onde milhares de pessoas saem vestidas de branco em procissão e vão às águas do mar oferecer presentes. O mesmo acontece no Rio de Janeiro e em diversas cidades do país no Ano Novo, seguindo o exemplo do uso do branco em Salvador, milhares de pessoas vão à praia e pedem proteção à Rainha do Mar no novo ano que se inicia. A prática de usar roupa branca para ir ao mar e oferecer uma flor branca e outros presentes a esta deusa africana fez com que seu nome fosse amplamente conhecido.
Pierre Verger nos conta uma lenda de origem iorubá que diz assim:
Iemanjá era filha de Olokum, deus do mar. Em Ilê Ifé, casou-se com Olofin-Odudua com o qual teve dez filhos, todos orixás. De tanto amamentar seus filhos, os seios de Iemanjá tornaram-se imensos. Cansada da estadia em Ifé, Iemanjá fugiu na direção do "entardecer-da-terra", como os iorubás chamavam o Oeste. Iemanjá chega em Abeokutá e como era muito bonita, Okerê pediu-lhe em casamento. Ela aceitou com a condição de que ele jamais ridicularizasse a imensidão de seus seios.
Um dia Okerê voltou para casa embriagado de vinho da palma. Ele tropeçou em Iemanjá e ela lhe chamou de bêbado imprestável. Okerê gritou: "Você, com seus seios compridos e balançantes."
Ofendida, Iemajá fugiu e Okerê colocou seus guerreiros em sua perseguição. Iemanjá, vendo-se cercada lembrou-se que tinha recebido de Olokum uma cabaça com a recomendação de que só abrisse em caso de extrema necessidade. Iemajá quebrou a cabaça e dela saiu um rio de águas tumultuadas levando Iemanjá em direção ao mar, residência de Olokum. Okerê tentou impedir transformando-se em colina. Iemanjá vendo bloqueado seu caminho, chamou Xangô que lançou um raio sobre a colina Okerê que abriu-se em duas, dando passagem para Iemanjá. Iemanjá foi para o mar ao encontro de Olokum. Nunca mais Iemanjá voltou à terra e ela está em todo lugar onde chega as águas do mar. Na Nigéria ainda hoje existe uma colina de nome Okerê onde passa um rio chamado Ogum.
...traigo
ResponderExcluirsangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
TE SIGO TU BLOG
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
AFECTUOSAMENTE:
AFRICANIDADES
DESEANDOOS UNAS FIESTAS ENTRAÑABLES OS DESEO FELIZ AÑO NUEVO 2010 Y ESPERO OS AGRADE EL POST POETIZADO DE LA CONQUISTA DE AMERICA CRISOL Y EL DE CREPUSCULO.
José
ramón...